Santo Afonso Rodrigues
Santo Afonso sabia ser simples, pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores
Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.
Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no
primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o
comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois
filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram.
Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à
penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser
Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação
dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de
Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de
formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos
prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou
na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de
verdadeira humildade.
Santo Afonso sabia ser simples, pois aceitava com amor toda ordem e
desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como
regra: “Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina”.
Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos,
principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia.
Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
SANTA JOANA DELANOUE
Foi
Joana Delanoue o último rebento de uma cadeia de doze filhos numa
família modesta mas incansável no ofício de negociar, vendendo
quinquilharias.
Nasce
em Samur, França, a 18 de Junho de 1666.
Aos
seis anos falece-lhe o pai. Sendo a mais nova de todos os irmãos,
permanece demasiado agarrada à mãe e logo se inicia na venda de
artigos religiosos, no seu comerciozito, junto ao santuário de Nossa
Senhora dos Ardilliers.
Já
mocinha, faz o comércio prosperar, com a simpatia, gentileza e
rapidez com que serve toda a clientela. Quando ia nos seus vinte e
cinco anos, morre-lhe a mãe, ficando ela com a pequena loja.
Se até
aí, o seu dia a dia era azáfama e corrupio, actividade e lufa-lufa,
desde então multiplicaram-se as tarefas, com um público cada vez
mais desejoso dos seus serviços.
No
inverno de 1693, era um dia extraordinariamente frio, passa junto
dela uma piedosa mulher, que, mui devota de peregrinações, passava o
tempo a correr de igreja em capela, de santuário em basílica. Depois
de uma longa conversa, onde ventilou o sentido da vida, fá-la
interrogar-se acerca da sua contínua e tão grande labuta, sobre a
partilha dos bens, no meio da sua relativa prosperidade, e convida-a
a rever a sua relação com os pobres, deixando-lhe, no final, um
surpreendente recado: “Joana, - diz-lhe ela – entrega-te à caridade.
Em São Florêncio, esperam-nos seis crianças pobres num curral”.
Atenta
a esta notícia, fica espantada com tanta miséria e principia a
tratar as crianças. Sem largar o seu negócio, mas tornada mais
laboriosa e dedicada, entrega-se, com maior entusiasmo, a todos os
indigentes. De tão grande ardor e cuidado põe-lhe o nome de mãe dos
pobres.
Em
1670, abre a sua casa ao acolhimento dos órfãos, doentes e
desvalidos.
O tempo
começa a faltar-lhe para tanta lide e preocupação. Sem já poder
acudir a tudo, deixa a loja a uma sobrinha e remodela a sua
residência que vai servir para agasalhar mais de cem pobres.
Algumas
jovens, ao repararem em tanta bondade e admiradas por tamanho
mourejar, juntam-se a ela para a servirem. Uma delas é a sobrinha.
Em
1703, resolvem constituir-se em Congregação religiosa com o nome de
Santa Ana da Providência. Pouco tempo depois, era aprovada pela
autoridade eclesiástica.
Irmã
Joana da Cruz, como se começa a chamar depois da profissão
religiosa, aponta para as discípulas, suas seguidoras, um ideal
novo: viver numa casa semelhante à dos pobres, assumir os seus
costumes e até o trato a eles dado.
Gasto
todo o seu dinheiro, enche-se de dividas, por tanto bem fazer. Não
hesita. Põe-se a pedir, tornando-se mendiga, na sua própria terra,
onde fora conhecida pela sua imensa prosperidade.
Críticas não faltam à sua volta, sobretudo, quando a vizinhança,
admirada por quanto vê, se sente obrigada a dar-lhe esmola: “É muito
exagerada na austeridade para com as irmãs, a sua caridade é
desmedida, o tratamento dado aos indigentes é principesco...
Depois,
desaba-lhe a casa que transformara em asilo...
Depressa nota não ser possível acomodar tão grande diversificação de
gente, no mesmo edifício.
Pensa e
abre um orfanato para crianças, ao qual se segue outro e mais outro.
A 17 de
Agosto de 1736, cheia de trabalhos e méritos, com doze comunidades
fundadas, parte para Deus, a receber a recompensa de tanta caridade.
Uma
frase, por ela frequentemente repetida, resume o seu pensamento:
“Quero viver e morrer com os meus irmãos, os pobres”.
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