14 DE SETEMBRO - FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
Santo André de Creta diz: "Celebramos a festa da cruz; por ela as trevas são repelidas e volta a luz. Celebramos a festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro."
Santa Helena encontra a verdadeira Cruz
“Dirigindo-se
ao Gólgota, os soldados que a acompanhavam viram aquela velha mulher,
aquela velha mãe, caminhar entre os escombros, ajoelharse entre as
ruínas, e dizer: ‘Eis o lugar da batalha: onde está a vitória? Eu estou
sobre um trono, e a Cruz do Senhor no pó? Eu estou em meio ao ouro, e o
triunfo de Cristo entre as ruínas? Vejo o que fizestes, demônio, para
que fosse sepultada a espada que te derrotou’!”
Com estas palavras Santo Ambrósio relata a chegada de Santa Helena ao Calvário. Tal fé não poderia deixar de ser recompensada. Com efeito, guiada pela luz do Espírito Santo, a imperatriz encontrou a verdadeira Cruz do Salvador, bem como as outras relíquias da Paixão.
Com estas palavras Santo Ambrósio relata a chegada de Santa Helena ao Calvário. Tal fé não poderia deixar de ser recompensada. Com efeito, guiada pela luz do Espírito Santo, a imperatriz encontrou a verdadeira Cruz do Salvador, bem como as outras relíquias da Paixão.
Conforme
narra a tradição, ela ordenou que o Santo Lenho fosse dividido em três
partes: deixou uma em Jerusalém, mandou outra para o filho em
Constantinopla, e levou consigo a terceira para Roma, com diversas
outras relíquias.
A Basílica Sessoriana
Chegando
à Cidade Eterna, era necessário edificar um templo que estivesse à
altura de custodiar tão santas e excelsas maravilhas. Santa Helena não
titubeou, e cedeu para essa finalidade o seu próprio palácio – o
Sessorianum – o qual tinha sido, em época anterior, residência dos
imperadores.
Coordenando
pessoalmente os trabalhos, fez com que a sala mais nobre do palácio
fosse transformada numa basílica. Com santa generosidade, cedeu os seus
próprios aposentos para serem transformados em capela, em cujo pavimento
verteu a terra que havia trazido do Calvário, e onde depositou a
relíquia da Cruz.
Tendo-se
iniciado grande afluxo de peregrinos, o lugar começou a ser conhecido
como Basílica Sanctae Crucis in Hierusalem (Basílica da Santa Cruz de
Jerusalém), nome dado pelo fato de ali estar a relíquia da Cruz, bem
como a terra do Calvário.
Os romanos, porém, insistiam em chamá-la “Basílica Sessoriana”. Até hoje permanecem as duas denominações.
Ritos e documentos confirmam a tradição
A
Capela das Relíquias, com o passar do tempo, passou a ser chamada
“Capela de Santa Helena”, pois ali tinham sido seus aposentos.
Existem
vários documentos que comprovam a descoberta, transladação, conservação
e veneração da relíquia da Santa Cruz. E cada fragmento dela retirado
ao longo dos séculos foi devidamente registrado.
Também
os diversos ritos de Adoração do Santo Lenho o atestam. Nos tempos
antigos, o ritual pontifício estabelecia que as cerimônias da
Sexta-Feira Santa se celebrassem na Basílica in Hierusalem. Para ela se
dirigia em procissão o Papa, descalço, desde a Basílica de São João de
Latrão, acompanhado pelo clero e pelo povo, para adorar o Lenho da
verdadeira Cruz. Também no dia 14 de setembro, Festa da Exaltação da
Santa Cruz, ali se realizavam – e ainda se realizam – especiais ritos.
A Basílica Sessoriana na atualidade
Ao
longo de seus 16 séculos de vida, a Basílica sofreu diversas
transformações, tornando difícil hoje em dia imaginar como seria a
estrutura da Domus Sessoriana. As próprias relíquias, por diversos
motivos, foram transladadas para uma nova capela – o Santuário da Cruz –
construída no recinto da sacristia.
Com
o tempo, outras relíquias foram levadas para a Basílica Sessoriana: o
Título da Cruz (tabuleta com uma parte da inscrição “Jesus Nazareno Rei
dos Judeus”), um cravo, dois espinhos da coroa, o patíbulo do Bom
Ladrão, um dedo de São Tomé, bem como fragmentos da Gruta de Belém e da
Coluna da Flagelação.
Por
tudo isso, quando o Papa João Paulo II a visitou, em 25 de março de
1979, exclamou: “Este é o verdadeiro Santuário da Cruz de Cristo!” (Revista Arautos do Evangelho, Set/2006, n. 57, p. 24-25)
ACESSE
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