Arquivo do blogue

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

14 DE SETEMBRO - FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

14 DE SETEMBRO - FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ 


 Santo André de Creta diz: "Celebramos a festa da cruz; por ela as trevas são repelidas e volta a luz. Celebramos a festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro."


Santa Helena encontra a verdadeira Cruz
“Dirigindo-se ao Gólgota, os soldados que a acompanhavam viram aquela velha mulher, aquela velha mãe, caminhar entre os escombros, ajoelharse entre as ruínas, e dizer: ‘Eis o lugar da batalha: onde está a vitória? Eu estou sobre um trono, e a Cruz do Senhor no pó? Eu estou em meio ao ouro, e o triunfo de Cristo entre as ruínas? Vejo o que fizestes, demônio, para que fosse sepultada a espada que te derrotou’!”

Com estas palavras Santo Ambrósio relata a chegada de Santa Helena ao Calvário. Tal fé não poderia deixar de ser recompensada. Com efeito, guiada pela luz do Espírito Santo, a imperatriz encontrou a verdadeira Cruz do Salvador, bem como as outras relíquias da Paixão.
Conforme narra a tradição, ela ordenou que o Santo Lenho fosse dividido em três partes: deixou uma em Jerusalém, mandou outra para o filho em Constantinopla, e levou consigo a terceira para Roma, com diversas outras relíquias.

A Basílica Sessoriana
Chegando à Cidade Eterna, era necessário edificar um templo que estivesse à altura de custodiar tão santas e excelsas maravilhas. Santa Helena não titubeou, e cedeu para essa finalidade o seu próprio palácio – o Sessorianum – o qual tinha sido, em época anterior, residência dos imperadores.
Coordenando pessoalmente os trabalhos, fez com que a sala mais nobre do palácio fosse transformada numa basílica. Com santa generosidade, cedeu os seus próprios aposentos para serem transformados em capela, em cujo pavimento verteu a terra que havia trazido do Calvário, e onde depositou a relíquia da Cruz.
Tendo-se iniciado grande afluxo de peregrinos, o lugar começou a ser conhecido como Basílica Sanctae Crucis in Hierusalem (Basílica da Santa Cruz de Jerusalém), nome dado pelo fato de ali estar a relíquia da Cruz, bem como a terra do Calvário.
Os romanos, porém, insistiam em chamá-la “Basílica Sessoriana”. Até hoje permanecem as duas denominações.

Ritos e documentos confirmam a tradição
A Capela das Relíquias, com o passar do tempo, passou a ser chamada “Capela de Santa Helena”, pois ali tinham sido seus aposentos.
Existem vários documentos que comprovam a descoberta, transladação, conservação e veneração da relíquia da Santa Cruz. E cada fragmento dela retirado ao longo dos séculos foi devidamente registrado.
Também os diversos ritos de Adoração do Santo Lenho o atestam. Nos tempos antigos, o ritual pontifício estabelecia que as cerimônias da Sexta-Feira Santa se celebrassem na Basílica in Hierusalem. Para ela se dirigia em procissão o Papa, descalço, desde a Basílica de São João de Latrão, acompanhado pelo clero e pelo povo, para adorar o Lenho da verdadeira Cruz. Também no dia 14 de setembro, Festa da Exaltação da Santa Cruz, ali se realizavam – e ainda se realizam – especiais ritos.

A Basílica Sessoriana na atualidade
Ao longo de seus 16 séculos de vida, a Basílica sofreu diversas transformações, tornando difícil hoje em dia imaginar como seria a estrutura da Domus Sessoriana. As próprias relíquias, por diversos motivos, foram transladadas para uma nova capela – o Santuário da Cruz – construída no recinto da sacristia.
Com o tempo, outras relíquias foram levadas para a Basílica Sessoriana: o Título da Cruz (tabuleta com uma parte da inscrição “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”), um cravo, dois espinhos da coroa, o patíbulo do Bom Ladrão, um dedo de São Tomé, bem como fragmentos da Gruta de Belém e da Coluna da Flagelação.
Por tudo isso, quando o Papa João Paulo II a visitou, em 25 de março de 1979, exclamou: “Este é o verdadeiro Santuário da Cruz de Cristo!” (Revista Arautos do Evangelho, Set/2006, n. 57, p. 24-25)

ACESSE





Sem comentários:

Enviar um comentário