04 DE AGOSTO - DIA SÃO JÃO MARIA VIANNEY - SÃO CURA DAR'S
ADQUIRA O FILME SEDE SANTO 5 - CONTA A HISTÓRIA MARAVILHOSA DA VIDA DESTE GRANDIOSÍSSIMO SANTO E DEFENSOR DA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA E DE SEUS VIDENTES
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JACAREÍ, 18 DE ABRIL
DE 2010
MENSAGEM DE SÃO JOÃO MARIA
VIANEY - CURA DAR'S
COMUNICADA AO VIDENTWE MARCOS
TADEU TEIXEIRA
SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ
“Amados
irmãos Meus, Eu, João Maria Vianney, venho a vós hoje com o Meu coração cheio
de graças e bênçãos para derramar sobre vós.
Vós sabeis que Eu
amei muito o Senhor, que amei muito à Maria Santíssima e também as almas que
tão preciosas e caras são para Eles.
Amados
irmãos, sobre essa Terra nada é mais importante do que salvar a pobre alma e
chegar até o Céu. Ilusões passageiras e tentações enganadoras são os apegos, as
riquezas e as vanglórias deste mundo. Ai da alma que desprezar o amor de Deus,
que descuidar de sua salvação para viver unicamente para conquistar as coisas
vãs, as riquezas e as honras desta Terra, porque na hora de sua morte a sua
aflição, o seu desespero por ver que tornou inútil toda a sua existência será
imenso, pois a Palavra de Nosso Senhor jamais passará.
E Ele disse: ‘De
que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?’
Verdadeiramente,
de nada adianta o homem ser cortejado, ser um grande milionário, possuir todos
os bens, ter todos os títulos honrosos da face da Terra se não tem amor a Deus,
se não tem amor ao próximo e à salvação das almas. Se não possui as virtudes,
se não sabe o que é pobreza, o que é castidade, o que é obediência ao Senhor, o
que é humildade, o que é amor.
O filho das trevas
vive unicamente para as coisas vãs. O filho da luz vive unicamente para as
coisas santas, para as coisas celestes. Na alma que ama verdadeiramente o
Senhor, reconhece-se o amor verdadeiro, reconhece-se que veio da luz, que ama a
luz e por isso procura estar sempre na luz.
No filho das
trevas reconhece-se o amor ao pecado, o amor às coisas vãs, o amor ao mal e à
própria corrupção. Por isso não se aproxima da luz para que ao ser iluminado
por ela suas obras más não sejam descobertas.
Por isso convido-vos a viverdes sempre na luz, na luz do Senhor de modo
que toda a vossa vida seja uma luz refulgente e esplendorosa, que possa iluminar
os corações que ainda estão nas trevas, para que eles vendo a luz caminhem na
direção da luz.
Vivei
na luz do Senhor, procurando cada dia mais viver unidos a Ele pela oração
profunda, pela união da vossa alma e do vosso coração com Ele, pela conformação
da vossa vontade, dos vossos desejos e sentimentos com a vontade e os desejos
do Senhor, de modo que em vós a vontade de Deus seja a única luz que vos alumia
e que vos conduz.
Vivei na luz do
Senhor constantemente em oração, fazendo penitência dos vossos pecados e
procurando todos os dias vencer os vossos defeitos e assim melhorardes como
pessoas e como cristãos que sois, de modo que na vossa vida todos possam ver a
presença da graça de Deus, do amor de Deus. Possam admirar a perfeição e a
beleza de Deus, possam glorificar o Seu Nome, glorificar quão justa, perfeita e
santa é a Sua Lei de Amor e a Sua vontade e assim todos queiram
também como vós caminhar na luz do Senhor.
Caminhai
na luz do Senhor, procurando sempre mais doar-vos à Sua vontade, ao Seu Plano
de Salvação e avançando sempre mais com maior generosidade no caminho da vossa
entrega total ao Senhor. De modo que sejais verdadeiros servos Dele,
verdadeiros filhos Seus que cuidam de Sua vinha, ou seja, das vossas próprias
almas e das almas dos vossos irmãos.
De forma que, vós
um dia possais ser chamados por Ele de ‘verdadeiros filhos’ e assim possais
receber a recompensa eterna que Ele vos prepara no Céu. Se caminhardes na luz
do Senhor, dareis frutos de salvação ‘cem por um’ e em vossa vida se verá a
verdadeira e maravilhosa graça do Senhor operando toda sorte de prodígios que
glorificarão o Nome Dele e que farão resplandecer sobre vós, sobre o mundo
inteiro, o fulgor de sua graça salvadora.
Caminhai
na luz do Senhor a cada dia, fazendo com que cada vez mais os corações se abram
para o Seu Amor, para a Sua verdade, para a salvação. Derramai o bálsamo do
verdadeiro amor, da graça de Deus em tantas feridas abertas em tantos corações,
para fechá-las e para fazer com que todos gozem de perfeita saúde espiritual.
Levai o amor do
Senhor e da Virgem Santíssima, levai a Sua Graça, levai a Luz da Verdade para
todos os corações que ainda estão debaixo do jugo de satanás, na mentira, na
ilusão das coisas vãs deste mundo, no pecado, na morte, na violência e no mal.
Assim, verdadeiramente, caminhareis na luz, vivereis na luz e fareis com que
todos também caminhem e vivam nela, de modo que sejais reconhecidos todos como
verdadeiros filhos da luz.
Eu
estou convosco em todos os momentos e nunca vos deixo. Se vós não Me deixardes
nunca vos deixareis. Se não Me virardes as costas e não Me fechardes os vossos
corações, não fecharei o Meu para vós.
Enquanto ainda é
dia trabalhai, Meus irmãos, porque a noite vem depressa, a vida passa como um
dia que se acaba e logo vem a noite da eternidade que não terá mais aurora.
Por isso,
trabalhai depressa, ajudai os Sacratíssimos Corações nessas Aparições de
Jacareí a fazerem a Palavra Deles chegar a todos os corações para que todos se
convertam e todos caminhem na luz, sejam salvos pela luz.
A
todos neste instante, generosamente abençoo com amor.”
(Marcos): “Até breve! Volte breve amado São João Maria Vianney! Volte breve,
sim?!”
Com sua fervorosa vida de oração e seu apaixonado amor a Jesus Crucificado,
São João Maria Vianney alimentou a sua cotidiana doação sem
reservas a Deus e à Igreja.
São João Maria Vianney alimentou a sua cotidiana doação sem
reservas a Deus e à Igreja.
O Cura d'Ars era humilíssimo, mas consciente de ser, enquanto padre, um dom imenso para o seu povo: "Um
bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus, é o maior tesouro que o
bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da
misericórdia divina".
Falava do sacerdócio como se não conseguisse alcançar plenamente a grandeza do dom e da tarefa confiados a uma criatura humana: "Oh
como é grande o padre! [...] Se lhe fosse dado compreender-se a si
mesmo, morreria. [...] Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à
sua voz, Nosso Senhor desce do Céu e encerra- Se numa pequena hóstia".
E, ao explicar aos seus fiéis a importância dos Sacramentos, dizia: "Sem
o Sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Quem O colocou ali
naquele sacrário? O sacerdote. Quem acolheu a vossa alma no primeiro
momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a
força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem há de
prepará-la para comparecer diante de Deus, lavando- a pela última vez no
Sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote. E se esta alma
chega a morrer [pelo pecado], quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a
serenidade e a paz? Ainda o sacerdote. [...] Depois de Deus, o
sacerdote é tudo! [...] Ele próprio não se entenderá bem a si mesmo,
senão no Céu".
Estas afirmações, nascidas do coração sacerdotal daquele santo pároco,
podem parecer excessivas. Nelas, porém, revela-se a sublime consideração
em que ele tinha o sacramento do sacerdócio. Parecia subjugado por uma
sensação de responsabilidade sem fim: "Se
compreendêssemos bem o que um padre é sobre a terra, morreríamos: não
de susto, mas de amor. [...] Sem o padre, a Morte e a Paixão de Nosso
Senhor não teria servido para nada. É o padre que continua a obra da
Redenção sobre a terra [...]. Que aproveitaria termos uma casa cheia de
ouro, se não houvesse ninguém para nos abrir a porta? O padre possui a
chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecônomo do bom
Deus; o administrador dos seus bens [...]. Deixai
uma paróquia durante vinte anos sem padre, e lá adorar-se-ão as bestas.
[...] O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós".
Santidade objetiva do ministério e santidade subjetiva do ministro
Tinha chegado a Ars, uma pequena aldeia com 230 habitantes, precavido
pelo Bispo de que iria encontrar uma situação religiosamente precária:
"Naquela paróquia, não há muito amor de Deus; infundi-lo-eis vós". Por
conseguinte, achava-se plenamente consciente de que devia ir para lá a
fim de encarnar a presença de Cristo, testemunhando a Sua ternura
salvífica: Meu Deus, "concedei-me a conversão da minha paróquia; aceito sofrer tudo aquilo que quiserdes por todo o tempo da minha vida!":
foi com esta oração que começou a sua missão. E, à conversão da sua
paróquia, dedicou- se o Santo Cura com todas as suas energias, pondo no
cume de cada uma das suas ideias a formação cristã do povo a ele
confiado.
Amados irmãos no sacerdócio, peçamos ao Senhor Jesus a graça de podermos
também nós assimilar o todo pastoral de São João Maria Vianney.
A primeira coisa que devemos aprender é a sua total identificação com o
próprio ministério. Em Jesus, tendem a coincidir Pessoa e Missão: toda a
Sua ação salvífica era e é expressão do Seu "Eu filial" que, desde toda
a eternidade, está diante do Pai em atitude de amorosa submissão à Sua
vontade. Com modesta, mas verdadeira analogia, também o sacerdote deve
ansiar por esta identificação. Não se trata, certamente, de esquecer que
a eficácia substancial do ministério permanece independentemente da
santidade do ministro; mas também não se pode deixar de ter em conta a
extraordinária frutificação gerada do encontro entre a santidade
objetiva do ministério e a subjetiva do ministro.
O Cura d'Ars principiou imediatamente este humilde e paciente trabalho
de harmonização entre a sua vida de ministro e a santidade do ministério
que lhe estava confiado, decidindo "habitar", mesmo materialmente, na
sua igreja paroquial: "Logo
que chegou, escolheu a igreja por sua habitação. [...] Entrava na
igreja antes da aurora e não saía de lá senão à tardinha depois do
Angelus. Quando precisavam dele, deviam procurá-lo lá" - lê-se na
primeira biografia. [...]
"Todas as boas obras reunidas não igualam o valor da Missa"
O Santo Cura ensinava os seus paroquianos, sobretudo, com o testemunho
da vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar, detendo-se de bom
grado diante do sacrário para uma visita a Jesus-Eucaristia. "Para rezar bem - explicava-lhes o Cura -, não
há necessidade de falar muito. Sabe-se que Jesus está ali, no
Tabernáculo sagrado: abramos-Lhe o nosso coração, alegremo-nos pela Sua
presença sagrada. Esta é a melhor oração". E exortava: "Vinde
à Comunhão, meus irmãos, vinde a Jesus. Vinde viver dEle para poderdes
viver com Ele". "É verdade que não sois dignos, mas tendes
necessidade!".
Esta educação dos fiéis para a presença eucarística e para a Comunhão
adquiria uma eficácia muito particular, quando o viam celebrar o Santo
Sacrifício da Missa. Quem ao mesmo assistia, afirmava que "não era possível encontrar uma figura que exprimisse melhor a adoração. [...] Contemplava a Hóstia amorosamente".
Dizia ele: "Todas
as boas obras reunidas não igualam o valor do Sacrifício da Missa,
porque aquelas são obras de homens, enquanto a Santa Missa é obra de
Deus". Estava convencido de que todo o fervor da vida de um padre dependia da Missa: "A causa do relaxamento do sacerdote é porque não presta atenção à Missa! Meu Deus, como é de lamentar um padre que celebra [a Missa] como se fizesse uma coisa ordinária!". E, ao celebrar, tinha tomado o costume de oferecer sempre também o sacrifício da sua própria vida: "Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!".
"Círculo virtuoso" entre o altar e o confessionário
Esta sintonia pessoal com o Sacrifício da Cruz levava-o - por um único
movimento interior - do altar ao confessionário. Os sacerdotes não
deveriam jamais resignar-se a ver os seus confessionários desertos, nem
limitar-se a constatar o menosprezo dos fiéis por este Sacramento.
Na França, no tempo do
Santo Cura d'Ars, a confissão não era mais fácil nem mais frequente do
que nos nossos dias, pois a tormenta revolucionária tinha longamente
sufocado a prática religiosa. Mas ele procurou de todos os modos, com a
pregação e o conselho persuasivo, fazer os seus paroquianos
redescobrirem o significado e a beleza da Penitência sacramental,
apresentando-a como uma exigência íntima da Presença eucarística.
Pôde assim dar início a um círculo virtuoso. Com as longas permanências
na igreja junto do sacrário, fez com que os fiéis começassem a imitálo,
indo até lá visitar Jesus, e ao mesmo tempo estivessem seguros de que lá
encontrariam o seu pároco, disponível para os ouvir e perdoar. Em
seguida, a multidão crescente dos penitentes, provenientes de toda a
França, haveria de o reter no confessionário até 16 horas por dia.
Dizia-se então que Ars se tinha tornado "o grande hospital das almas".
[...]
Assimilar em si o "novo estilo de vida" inaugurado por Jesus
No mundo atual, não menos do que nos tempos difíceis do Cura d'Ars, é
preciso que os presbíteros, na sua vida e ação, se distingam por um vigoroso testemunho evangélico.
Observou, justamente, Paulo VI que "o homem contemporâneo escuta com
melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres; ou então, se escuta
os mestres, é porque eles são testemunhas". Para que não se forme um
vazio existencial em nós e fique comprometida a eficácia do nosso
ministério, é preciso não cessar de nos interrogarmos: "Somos
verdadeiramente permeados pela Palavra de Deus? É verdade que esta é o
alimento de que vivemos, mais do que o sejam o pão e as coisas deste
mundo? Conhecemo-la verdadeiramente? Amamo-la? De tal modo nos ocupamos
interiormente desta palavra, que a mesma dá realmente um timbre à nossa
vida e forma o nosso pensamento?".
Assim como Jesus chamou os Doze para estarem com Ele (cf. Mc 3, 14) e só
depois é que os enviou a pregar, assim também nos nossos dias os
sacerdotes são chamados a assimilar aquele "novo estilo de vida" que foi
inaugurado pelo Senhor Jesus e assumido pelos Apóstolos.
Os três conselhos evangélicos, necessários também para os presbíteros
Foi precisamente a adesão sem reservas a este "novo estilo de vida" que
caracterizou o trabalho ministerial do Cura d'Ars. O Papa João XXIII, na
carta encíclica Sacerdotii nostri primordia - publicada em 1959,
centenário da morte de São João Maria Vianney -, apresentava a sua
fisionomia ascética referindo-se de modo especial ao tema dos "três
conselhos evangélicos", considerados necessários também para os
presbíteros: "Embora,
para alcançar esta santidade de vida, não seja imposta ao sacerdote
como própria do estado clerical a prática dos conselhos evangélicos,
entretanto esta representa para ele, como para todos os discípulos do
Senhor, o caminho regular da santificação cristã".
O Cura d'Ars soube viver os "conselhos evangélicos" segundo modalidades
apropriadas à sua condição de presbítero. Com efeito, a sua pobreza não
foi a mesma de um religioso ou de um monge, mas a requerida a um padre:
embora manejasse muito dinheiro (dado que os peregrinos mais abonados
não deixavam de se interessar pelas suas obras sócio-caritativas), sabia
que tudo era dado para a sua igreja, os seus pobres, os seus órfãos, as
meninas da sua Providence, as suas famílias mais indigentes. Por isso, ele "era rico para dar aos outros e era muito pobre para si mesmo". Explicava: "O meu segredo é simples: dar tudo e não guardar nada". Quando se encontrava com as mãos vazias, dizia contente aos pobres que se lhe dirigiam: "Hoje sou pobre como vós, sou um dos vossos". Deste modo pôde, ao fim da vida, afirmar com absoluta serenidade: "Não tenho mais nada. Agora o bom Deus pode chamarme quando quiser!".
Também a sua castidade era
aquela que se requeria a um padre para o seu ministério. Pode-se dizer
que era a castidade conveniente a quem deve habitualmente tocar a
Eucaristia e que habitualmente a fixa com todo o entusiasmo do coração e
com o mesmo entusiasmo a dá aos seus fiéis.Dele se dizia que "a castidade brilhava no seu olhar", e os fiéis apercebiam- se disso quando ele se voltava para o sacrário fixando-o com os olhos de um enamorado.
Também a obediência de
São João Maria Vianney foi toda encarnada na dolorosa adesão às
exigências diárias do seu ministério. É sabido como o atormentava o
pensamento da sua própria inaptidão para o ministério paroquial e o
desejo que tinha de fugir "para chorar a sua pobre vida, na solidão".
Somente a obediência e a paixão pelas almas conseguiam convencê-lo a
continuar no seu lugar. A si próprio e aos seus fiéis explicava: "Não há duas maneiras boas de servir a Deus. Há apenas uma: servi-Lo como Ele quer ser servido". A regra de ouro para levar uma vida obediente parecia-lhe ser esta: "Fazer só aquilo que pode ser oferecido ao bom Deus".
Saber acolher os Movimentos Eclesiais e novas Comunidades
No contexto da espiritualidade alimentada pela prática dos conselhos
evangélicos, aproveito para dirigir aos sacerdotes, neste Ano a eles
dedicado, um convite particular para saberem acolher a nova primavera
que, em nossos dias, o Espírito está a suscitar na Igreja, através
nomeadamente dos Movimentos Eclesiais e das novas Comunidades. "O
Espírito é multiforme nos seus dons. [...] Ele sopra onde quer. E fá-lo
de maneira inesperada, em lugares imprevistos e segundo formas
precedentemente inimagináveis [...]; mas demonstra-nos também que Ele
age em vista do único Corpo e na unidade do único Corpo".
A propósito disto, vale a indicação do decreto Presbyterorum
ordinis: "Sabendo discernir se os espíritos vêm de Deus, [os
presbíteros] perscrutem com o sentido da fé, reconheçam com alegria e
promovam com diligência os multiformes carismas dos leigos, tanto os mais modestos como os mais altos".
Estes dons, que impelem não poucos para uma vida espiritual mais
elevada, podem ser de proveito não só para os fiéis leigos, mas também
para os próprios ministros. Com efeito, da comunhão entre ministros
ordenados e carismas pode brotar "um
válido impulso para um renovado compromisso da Igreja no anúncio e no
testemunho do Evangelho da esperança e da caridade em todos os recantos
do mundo".
"Forma comunitária" do ministério ordenado
Queria ainda acrescentar, apoiado na exortação apostólica Pastores dabo vobisdo
Papa João Paulo II, que o ministério ordenado tem uma radical "forma
comunitária" e pode ser cumprido apenas na comunhão dos presbíteros com o
seu Bispo. É preciso que esta comunhão entre os sacerdotes e com o
respectivo Bispo, baseada no Sacramento da Ordem e manifestada na
concelebração eucarística, se traduza nas diversas formas concretas de
uma fraternidade sacerdotal efetiva e afetiva. Só deste modo é que os
sacerdotes poderão viver em plenitude o dom do celibato e serão capazes
de fazer florir comunidades cristãs onde se renovem os prodígios da
primeira pregação do Evangelho. [...]
"Eu venci o mundo"
À Virgem Santíssima entrego este Ano Sacerdotal, pedindo-Lhe para
suscitar no ânimo de cada presbítero um generoso relançamento daqueles
ideais de total doação a Cristo e à Igreja que inspiraram o pensamento e
a ação do Santo Cura d'Ars. Com a sua fervorosa vida de oração e o seu
amor apaixonado a Jesus Crucificado, João Maria Vianney alimentou a sua
cotidiana doação sem reservas a Deus e à Igreja. Possa o seu exemplo
suscitar nos sacerdotes aquele testemunho de unidade com o Bispo, entre
eles próprios e com os leigos, que é tão necessário hoje, como o foi
sempre.
Não obstante o mal que existe no mundo, ressoa sempre atual a palavra de Cristo aos Seus Apóstolos, no Cenáculo: "No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo" (Jo 16, 33). A Fé no Divino Mestre dá-nos a força para olhar confiadamente o futuro.
Amados sacerdotes, Cristo conta convosco. A exemplo do Santo Cura d'Ars,
deixai-vos conquistar por Ele e sereis também vós, no mundo atual,
mensageiros de esperança, de reconciliação, de paz.(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2009, n. 92, p. 6 à 9)
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