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terça-feira, 11 de julho de 2017

SANTOS DE CADA DIA 12 DE JULHO



São João Gualberto
São João Gualberto nasceu em Florença, Itália, no início do século XI. De família rica e distinta, foi distinguido com o grau de cavaleiro. Mas a espada recebida ele a guardou, para usá-la contra o assassino de seu irmão de quem havia prometido se vingar. Certo dia, exatamente numa sexta-feira santa, João Gualberto se encontrou com o assassino. Quando desembainhou a espada, o adversário caiu a seus pés, abriu os braços e pediu-lhe que o perdoasse, em nome de Jesus que, também numa sexta-feira santa, havia perdoado seus assassinos. Diante daquelas palavras e daquela atitude que projetava no chão a sombra de uma cruz, João Gualberto, tocado pela graça de Deus, generosamente levantou o antigo inimigo, abraçou-o e perdoou-o. Após o incidente, dirigiu-se à igreja de São Miniato, ajoelhou-se diante da imagem de Jesus Crucificado e assim permaneceu por um longo tempo em oração. Contam seus biógrafos que o Crucificado moveu a cabeça em sinal de aprovação, e ele foi tomado por uma enorme sensação de alegria e paz. O passo seguinte foi vencer a resistência do pai e ingressar num convento beneditino. João Gualberto viveu numa época de muitas dificuldades para a Igreja. Empreendeu uma campanha contra a simonia, isto é, contra a venda de objetos e cargos eclesiásticos, tendo por isso sofrido muitas perseguições, inclusive por parte do abade do mosteiro e do bispo de Florença aos quais acusou de corrupção. Sentindo-se ameaçado, refugiou-se nas selvas dos montes Apeninos e ali, sobre o monte Vallombrosa, a partir de uma casa rústica, ele construiu um mosteiro segundo a Regra beneditina, e para onde acorreram jovens atraídos por sua fama de santidade. Foi assim que teve início a Ordem dos Valombrosianos cuja influência se fez sentir, primeiro em Florença e depois em toda a Itália. O próprio Papa Leão XI chegou a realizar uma viagem para visitá-lo. São João Gualberto morreu no ano 1073 e foi canonizado em 1193.
Vivemos num mundo onde a lei do olho por olho, dente por dente reina soberana, e onde a palavra perdão é letra morta. É para este mundo, rico em ódios e vingança que São João Gualberto, um homem que experimentou na vida a força libertadora do perdão de Deus, faz dois convites: Acolher o perdão que, apesar de todas as nossas traições e fraquezas, o Pai misericordioso gratuitamente coloca à nossa disposição e, por causa e movidos pela força irresistível desse perdão, ir ao encontro, dar a mão, e erguer do chão aqueles que nos traíram e ofenderam.
SANTOS ESPOSOS 
Luís Martin Zélia Guérin 
PAIS DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

A data de 12 de julho foi escolhida para celebrar a festa litúrgica dos esposos Martin por ser o aniversário de seu casamento, em Alençon, à meia-noite de 12 de julho de 1858, na igreja de Notre-Dame. 
A família, depois de dezenove anos de matrimônio, ante à crise econômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.
Luís Martin trabalhou como relojoeiro e joalheiro, e Zélia Guérin como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.
Luís Martin nasceu em Bordeaux (França) em 1823 e faleceu em Arnières-sur-Iton (França) em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon (França) em 1831 e faleceu em Alençon (França), em 1877.
Ambos foram pessoas devotas desde muito jovens. Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do Grande São Bernardo.
Nenhum dos dois foi aceito, uma vez que Deus tinha outro plano para eles.
Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro.
Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial.
De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.
Entre as cinco filhas que sobreviveram estava Santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.
Quando sua esposa Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pôde cuidar das filhas.
Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas para o Carmelo. O maior sacrifício foi se separar de Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.

 CURA MILAGROSA POR INTERCESSÃO DESTES SANTOS ESPOSOS





Pietro Schilirò, quinto filho de Valter e Adele Leo nasceu em 25 de maio de 2002 no hospital Saint-Gérard de Monza, na Itália.
Da sala de parto foi levado imediatamente para a unidade de tratamento intensivo por uma grave insuficiência respiratória. Foi entubado e conectado a um respirador.
Em 3 de junho, os médicos lhe declararam em perigo de morte. Seus pais chamaram o Pe. Antonio Sangalli, carmelita, de Monza, para batizar Pietro com urgência, e assim o fez.
Com o consentimento de seus pais, realizou-se uma biopsia no bebê em 6 de junho para propiciar um diagnóstico. Isso implicava um grande risco para o pequeno.
Pe. Sangalli propôs então a seus pais, que conhecia desde há anos, que rezassem uma novena a Louis e Zélie Martin, e eles aceitaram, pedindo a numerosos parentes e amigos que se unissem a eles.
O resultado da biopsia não foi bom. Contudo, os médicos se surpreenderam ao constatar que o menino suportava a ventilação dos pulmões sem sucumbir.
O doutor D’Alessio, cirurgião do hospital de Legnano (Milão), declarou que o exame macroscópio se apresentava nas piores condições e que, em sua opinião, o estado de Pietro era desesperador.
O doutor Capellini, do hospital de Monza, depois de examinar seu histórico, falou de uma má formação congênita devido a um insuficiente amadurecimento pulmonar.
O doutor Zorloni advertiu a família do quadro mortal e que se extrairiam mostras post portem do recém-nascido para os exames futuros.
A família e seus amigos começaram uma segunda novena. Em 13 de junho, após a oração do rosário, Pe. Sangalli reiterou o pedido a Louis e Zélie Martin para fazer-lhes conhecer a vontade de Deus e para curar o menino.
Em 2 de julho, o respirador foi retirado do bebê e em 27 abandonou o hospital. Tinha 33 dias.
Em 14 de setembro, Pietro foi levado à paróquia de Monza para receber os ritos complementares ao batismo em presença de 400 pessoas que deram graças.
Muitos médicos aconselharam seus pais que uma comissão da Igreja examinasse o caso de seu filho.
De 31 de dezembro de 2002 a 3 de janeiro de 2003, a família Schilirò, com Pietro, de sete meses; o padre Sangalli, que se converteu em vice-postulador da causa dos esposos, e um grupo de peregrinos italianos foram a Lisieux para agradecer.
Em 10 de junho de 2003 (após a intervenção de dezenas de testemunhos, entre eles sete médicos), na capela do arcebispado de Milão, o cardeal arcebispo reconheceu a origem milagrosa desta cura.
Bento XVI, em uma carta de preparação do VI Encontro Mundial das Famílias, apresentou Marie Zélie Guérin e Louis Martin como “modelos exemplares de vida cristã para as famílias de hoje”.


São João Jones

Sacerdote e mártir da Primeira Ordem Franciscana (1559-1598). Canonizado por Paulo VI no dia 25 de outubro de 1970.
 

            O condado de Carnarvon encontra-se a noroeste do País de Gales. Foi muito tempo o reduto da independência galesa, mas no fim do século XIII teve de ceder diante dos ingleses. Foi neste campo de resistência que nasceu, duma boa família católica, João Jones, que dispôs que o chamassem Buckley enquanto desempenhava a sua missão apostólica.
           Entrou nos Franciscanos conventuais e depois transferiu-se para Roma, vivendo entre os Franciscanos de observância, que trabalhavam em Santa Maria do Capitólio, a Ara Coeli.
           Em 1592 foi enviado, a seu pedido, para a missão inglesa e residiu algum tempo em Londres. Em 1596, foi preso por ordem do caçador de padres Topaliffe e torturado cruelmente. Esteve encarcerado dois anos e teve a alegria de reconduzir à Igreja romana João Rigby, supliciado em 1600.
           A 3 de Julho de 1598 foi o beato João julgado; acusavam-no de ter recebido ordens do estrangeiro e ter entrado indevidamente no reino. Afirmou que não cometera nunca traição e formulou o voto de que o seu caso fosse entregue à consciência dos juízes e não a um júri ignorante e brutal. Citaram-lhe um artigo de legislação de Isabel, a que responde nobremente: «Se é crime, devo eu ser o primeiro a acusar-me ; porque sou padre e vim à Inglaterra para ganhar o maior número de almas possível para Cristo». O local da execução foi fixado nos bebedouros de S. Tomás onde antigamente os peregrinos de S. Tomás Becket faziam a primeira paragem e levavam os cavalos a um vau. O mártir foi arrastado para esse local numa grade. Mas o algoz esquecera-se da corda, e foi precisa uma hora para a trazer.
           O Beato João falou entretanto ao povo e afirmou que todos os dias rezava pela rainha. A cabeça do franciscano veio a ser exposta em Southwark, bairro meridional da cidade; e os membros foram colocados ao lado das duas estradas de Lambeth e de Newington. Isto no ano de 1598. João Jones foi beatificado em 1929 por Pio XI

Beato João Wall, mártir



            

            Wall era originário de Lencastre, na Inglaterra. Nascido em 1620, duma boa família, foi enviado a Douai, entrou no colégio romano em 1641 e foi ordenado em 1645. Foi recebido pelos franciscanos, em Douai, no ano de 1651.

             Com o nome de Joaquim Santa Ana, foi lá vigário e mestre de noviços. Em 1656 voltou à Inglaterra e trabalhou durante 22 anos no condado de Worcester. Prenderam-no em Dezembro de 1678. Ao cabo duma detenção de seis meses, compareceu diante do juiz, chamado Justice Atkins, como padre entrado ilegalmente no reino.

             Sendo condenado, inclinou-se e disse: «Graças a Deus! Deus salve o rei! Peço a Deus que abençoe vossa senhoria e todo este honrado tribunal». O juiz respondeu: «Dito com acerto! Não se trata de que morrais, ao menos por agora, enquanto eu não souber qual é a vontade do rei».

             A paz de Wall era completa. Tinha-se oferecido a Deus e oferecera-lhe o mundo. Foi interrogado em Londres. Pretendia-se que abandonasse a vida franciscana. Recusou. Foi devolvido para Worcester, a fim de ser executado, o que se deu em 1679.

             Na véspera da morte, foi visitado por um colega quê lhe deu a absolvição e a Sagrada Comunhão. E assistiu-o também junto do cadafalso. Wall foi beatificado em 1929, por Pio XI.

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