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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

SANTOS DE CADA DIA 10 DE NOVEMBRO- SÃO NICOLAU DE TOLENTINO

SÃO NICOLAU DE TOLENTINO

Nicola da Tolentino (São Nicolau de Tolentino), batizado Nicola di Compagnone (Sant'Angelo in Pontano, 1245 – Tolentino, 10 settembre 1305), foi um frade da Ordem de Santo Agostinho e é venerado como Santo pela Igreja que o canonizou em 1446.
Nasceu em 1245, em Castel Sant'Angelo, na cidade de Pontano (perto de Macerata), na Diocese de Fermo. Seus pais, Compagnone de Guarutti e Amata de Guidiani (os sobrenomes podem simplesmente indicar o lugar em que nasceram, sendo mais certo que o sobrenome de família fosse mesmo Compagnoni), eram gente piedosa. 
A história de sua vida representada por um anônimo pintor de escola giotesca, chamado Maestro della Cappella di San Nicola, narra como seus pais, já anciões, aconselhados por um anjo, se dirigiram para Bari, para visitar o túmulo de São Nicolau de Bari, para obter a graça de um filho. De volta a Sant'Angelo, tiveram, enfim, o filho tão desejado, e em agradecimento pela graça alcançada lhe deram o nome de Nicolau. Segundo a vita, ainda, a concepção se dera na limítrofe cidade de Modugno, da qual o Santo é o Padroeiro.
O jovem Nicolau entrou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho aos 14 anos de idade.
Distinguiu-se a tal ponto nos estudos que antes mesmo de tê-los terminado foi nomeado canônico da Igreja de São Salvador. Ouvindo uma pregação de um eremita agostiniano sobre a frase em latim: "Nolite diligere mundum, nec ea quae sunt in mundo, quia mundus transit et concupiscenzia ejus" ("non amate il mondo, né le cose che sono del mondo, perché il mondo passa e passa la sua concupiscenza"), sentiu o chamado para a vida religiosa. Implorou, então, ao eremita de admiti-lo em sua Ordem, e seus pais consentiram com alegria.
Antes mesmo de sua ordenação, foi enviado a vários mosteiros da Ordem: Fermo, San Ginesio, Recanati, Macerata e outros, e os biógrafos evidenciam que foi um modelo de generoso empenho em busca da perfeição.
Fez os votos solenes antes dos 19 anos. Em 1269, foi ordenado sacerdote por Benvenuto Scotivoli. Depois de sua ordenação, pregou sobretudo em Tolentino, onde havia sido transferido por volta de 1275. No Convento de Santo Agostinho de Tolentino, Nicolau permaneceu até sua morte em 1305.
Passou os últimos 30 anos de sua vida pregando quase todos os dias. E, apesar de nos últimos anos, uma enfermidade tenha colocado à prova a sua suportação, continuou suas mortificações quase até o momento de sua morte. Os devotos lembravam dele a sua mansidão, a ingênua simplicidade, a dedicação à virgindade que nunca traiu, guardando-a com a oração e a mortificação.
DEVOÇÃO
  
O processo de canonização começou em 1325, sob o Papa João XXII, mas foi concluído apenas em 1446, sob Eugênio IV. Todavia, já desde a metade do ano 300, era retratado com a auréola. Papa Bonifácio IX concedeu a indulgência plenária a quem visitasse o túmulo de Nicolau, com a Bula "Splendor paternae gloriae", de 1º de janeiro de 1390, como é reportando nas Crônicas de Gaetano Moroni:

"Bonifácio IX com um bula, concedeu a indulgência plenária no domingo dentro da oitava da festa do santo [portanto, já se celebrava antes do Papa Eugênio IV] na mesma guisa da Porciúncula, a quem visitasse a igreja que guarda o seu corpo, a qual foi confirmada por outros Papas".

(Gaetano Moroni, Dizionario di erudizione storico-ecclesiastica: da S. Pietro sino ai nostri giorni, 1856)
É considerado um santo mariano porque afirmou de ter a visão dos Anjos que transportavam a Santa Casa de Loreto na cidade das Marche em 10 de dezembro de 1294. A sua proteção é invocada pelos devotos para os que contraem a peste, os náufragos e os encarcerados, mas em particular pelas Almas do Purgatório.
São Nicolau foi também um célebre exorcista. Um dos painéis de sua vida que foram afrescados no Cappellone di Tolentino mostra Nicolau que liberta uma mulher endemoniada; esta sua faculdade permaneceu íntegra mesmo depois de sua morte visto que numerosos ex voto o indicam como curador de endemoniados. A devoção ao santo iniciou logo depois de sua morte, prova disso são os numerosos ex voto que se encontram hoje em uma ala da basílica a ele dedicada.
Célebres desde a Idade Média são os "pãezinhos miraculosos" de São Nicolau, que serviram também para a colheita de farinha por parte dos fiéis que iam ao santuário e que deram nome também à companhia cerretana dos "afarinhados", que roubavam a farinha dos ingênuos fazendo-se passar por peregrinos que iam para Tolentino em busca de farinha para fazer os pãezinhos miraculosos, fato citado também pelo Bispo de Urbino Teseo Pini, em seu "Speculum Cerretanorum", de 1485. 
Depois de sua definitiva canonização em 1446, seu culto se difundiu por toda a Itália e muitos outros Países da Europa e também das Américas, em parte graças também à gradual difusão da Ordem agostiniana. Já em Tolentino, onde está seu túmulo, lhe haviam construído uma basílica, ainda hoje meta de peregrinações e rica em obras de arte. Os seus restos mortais estão em grande parte guardados na cripta, menos os "Santos Braços", separadas e sangrantes quarenta anos depois de sua morte.  
Em 2001, pela primeira vez, seue restos saíram da Basílica de Tolentino, para uma Peregrinatio. Chegaram de helicóptero até a cidade de Modugno, onde é muito forte a devoção ao patrono São Nicolau, prosseguindo por diversas localidades da Puglia.
Iconografia

  
O Santo é retratado com o habito negro dos Eremitas de Santo Agostinho, com uma estrela sobre ele ou um sol no peito, e em uma mão um lírio ou uma cruz com guirlandas de lírios. Às vezes, no lugar do lírio tem um saco com dinheiro ou pão.
É representando com o sol no centro de sua túnica negra por causa de um fato que aconteceu em sua vida: narra-se que um astro luminoso o seguisse continuamente quando viajava e iluminasse a sua figura.

ACESSE


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