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sexta-feira, 14 de julho de 2017

SANTOS DE CADA DIA- 14 DE JULHO

SANTOS DE CADA DIA- 14 DE JULHO

Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália. 
Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução.

Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.

Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.

O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.

Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé.

Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.

Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa.

Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.

Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.


JACAREÍ, 18 DE JULHO DE 2010
MENSAGEM DE SÃO CAMILO DE LÉLLIS 
COMUNICADA AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA

"- Amados irmãos! Eu, CAMILO DE LELLIS servo do Senhor, servo da Virgem Maria vos saúdo e vos dou hoje a paz. Paz ao vosso coração! Paz à vossa alma! Paz à vossa vida! Nada perturbe a vossa Paz! Que a vossa Paz seja Deus! Que a vossa Paz seja a Mãe de Deus!


Que a vossa Paz seja a continua prática, obediência e observância da Palavra de Deus, da Palavra do Senhor, que vos é dirigida neste tempo, nestas Aparições. Que a vossa paz seja a Verdade, seja o viver continuamente em Deus, em Sua graça, em Sua lei, em Sua Amizade. Nada, nem ninguém poderá destruir a vossa paz, se a vossa paz for Deus, for o amor incondicional, total, pleno a Ele e à Maria Santíssima, se a vossa paz for a obediência à palavra, às Mensagens Deles, nada, nem ninguém poderá jamais roubar esta paz dos vossos corações e das vossas almas.Vós sabeis que Eu sou o padroeiro dos médicos, dos enfermeiros, dos que cuidam dos que sofrem e dos doentes.

É a Minha missão ser o enfermeiro das vossas almas, ser o enfermeiro dos vossos corações, tantas vezes cansados e abatidos das batalhas contra o demônio, contra o pecado, contra a dureza, a rebeldia e a desobediência das almas que encontrais no vosso caminho e que não aceitam as Mensagens da Senhora, que não querem o que Ela quer, que não querem cumprir as ordens Dela, as ordens do Senhor.

É Minha missão curar sempre mais as vossas almas, que sofrem o choque do bem contra o mal, da verdade contra a mentira, da fé contra a incredulidade e apostasia, da obediência contra a desobediência que encontrais em tantas almas todos os dias e que ao chocarem ao vosso coração tantas vezes deixam em vossos corações marcas profundas de tristeza, perplexidade, desânimo e desalento.

É Minha missão curar essas feridas em vós, dar-lhes novo ânimo, novo alento, novo vigor no serviço do Senhor e de Maria Santíssima e levar-vos sempre mais adiante, sempre mais à frente, como apóstolos corajosos e destemidos que não se envergonham de levar a luz, que não se amedrontam diante da recusa do mundo em receber essa luz, que não se intimidam diante das ameaças do mundo, sempre mais rebelde a Deus e à Sua lei de amor.

É Minha missão curar os vossos corações também das feridas provocadas em vós pelo pecado que ainda trazeis dentro de vós. Estas misérias, estas chagas abertas em vós devido aos vossos defeitos sempre repetidos e cometidos, os vossos pecados sempre repetidos e cometidos, essas chagas Eu quero curar com o bálsamo do amor divino, com a doçura do Céu, com o amor da comunhão de todos os Santos que por vós rezam, por vós intercedem, por vós lutam, por vós também batalham a cada dia procurando sempre mais afastar de vós o mal, a violência, as ocasiões de pecado, as armadilhas do inimigo, de forma que, cada dia o vosso coração sempre mais forte, sempre mais vigoroso ame a Deus com todas as suas forças, ame a Virgem Santíssima com todas as suas forças e ame o próximo, trabalhe pela salvação das almas cada vez mais para maior alegria do Senhor, para maior contentamento do Coração Imaculado de Maria e júbilo de todo o Paraíso.

É Minha missão curar as vossas almas e os vossos corações das feridas provocadas pelo demônio. Ele golpeia-os cada dia mais com tentações, com sugestões, com idéias que vos levam ao pecado, pois ele conhece as vossas más inclinações, conhece as vossas fraquezas, estuda, analisa o vosso comportamento, o vosso jeito de ser, a vossa tendência natural ao mal e arma os planos mais inteligentes para um Anjo decaído como ele para levar-vos todos os dias a ofender o Senhor, a vos afastardes Dele e de Maria Santíssima pelo pecado, fazendo com que caiais continuamente em vossas fraquezas.

Quero curar os vossos corações destas chagas que o inimigo da vossa salvação abriu, levando-vos sempre mais a resistirdes ao mal, a opordes às tentações do demônio as virtudes, aos vossos defeitos opordes as virtudes, levando-vos cada dia mais também a viverem uma vida de profunda oração, intimidade e comunhão com Deus, com Maria Santíssima, conosco os Santos e com os Anjos. Levo-vos cada dia mais ao amor maior, mais abrasado e profundo à Palavra de Deus, à Palavra de Maria Santíssima, às Mensagens Celestes que já há 20 anos vos são dadas aqui e que em tantos lugares da Terra já há muitos mais anos.

É minha missão levar-vos a uma vida de profundo sacrifício e penitência, de renúncia a vós mesmos e à vossa vontade corrompida, de renúncia ao mal e de perfeita mortificação de todos os vossos desejos desordenados para que assim, cada dia mais, vivendo uma vida perfeita na oração, no sacrifício, na penitência, na sobriedade, na temperança, no equilíbrio cristão dos Santos, na perfeita renúncia de vós mesmos e do mundo, possais seguir cada vez mais fortes e mais resistentes às tentações e à ação do inimigo infernal, do nosso inimigo que todos os dias trama a vossa condenação. Assim, escapareis sempre mais ilesos e cada vez mais fortes de suas tentações e ciladas e vós então, como verdadeiros campeões, guerreiros vitoriosos da santidade podereis um dia chegar junto de Nós no Céu e receber aquela coroa que Nós, os Santos, já recebemos por termos combatido o bom combate aguerridamente até o final.

É Minha missão curar-vos de todos os males também do vosso coração, do vosso íntimo, da vossa mente, da vossa natureza humana e até mesmo do vosso corpo porque o Senhor deseja que vós sejais guerreiros, soldados plenamente fortes, plenamente firmes, plenamente aguerridos na luta, na batalha pela salvação das almas e para fazer a Verdade, a santa Fé Católica, o Coração Imaculado de Maria triunfar no mundo. Pedi-me as graças, as curas para a alma, pois essas todas Deus quer vos conceder. Pedi-me as graças de cura para o corpo, mas sem vos apegar-vos a elas, porque muitas vezes Deus permite a vós também o sofrimento para que com ele vós possais salvar mais almas, mas pedi-me, porque muitas curas físicas o Senhor deseja realizar por meio de Mim, para que tenhais saúde, não para voltardes ao mundo e vos perderdes com o mundo, mas para que vos torneis apóstolos valorosos, na luta pela salvação das almas, pelo triunfo do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas, da verdade sobre a mentira, de Deus sobre Satanás, do Céu sobre o Inferno.



Eu prometo rogar por vós, incessantemente, como já tenho feito até agora a todo o instante no trono do Senhor e de Sua Mãe Santíssima. Vivei a verdadeira devoção a Nós, os Santos, pois essa verdadeira devoção vos levará ao Céu, ao Paraíso, a Deus, e Nós os Santos do Senhor vos conduziremos em segurança pela estrada certa, que Nós já descobrimos, trilhamos e com a qual chegamos vitoriosos ao Céu. Nós vos levaremos por esta estrada e não descansaremos enquanto não vos vermos Conosco na glória eterna.
Deixai-vos conduzir por Nós, deixai-vos guiar por Nós, formar por Nossas Mensagens, as Mensagens que vos damos aqui. Fazei a nossa Hora de oração às quartas-feiras com mais amor, porque através dessa ‘Hora Santa’ vos transformaremos naqueles maiores Santos que a Santíssima Virgem deseja produzir no final dos tempos para maior glorificação de Deus, da Santíssima Trindade, da Verdade e para maior humilhação, derrota e desgraça no Inferno e suas potências. Vós sois chamados a serdes estes Santos e os sereis de fato, se vos deixardes conduzir e formar por Nossas Mensagens.

A todos neste momento, Eu CAMILO DE LELLIS, abençôo generosamente com a Mãe de Deus e com todos os Santos e Anjos do Paraíso. A paz, Marcos, predileto dos Santos, amado dos Santos, eleito nosso. A paz, Meu povo bem amado.”

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São Francisco Solano

Sacerdote da Primeira Ordem (1549-1610). Canonizado por Bento XIII no dia 27 de dezembro de 1726.

Apóstolo do Novo Mundo, Francisco nasceu em Montilla (Córdoba, Espanha)  a 10 de março de  1549, terceiro filho de  Mateus Sánchez Solano e de Ana Jiménez, família abastada e de nobre ascendência. Fez seus estudos em  Córdoba, junto dos jesuítas onde mostrou ser pessoa dotada de viva inteligência, dada à contemplação e à caridade.  Antes de concluir os estudos de medicina, que havia iniciado com brilhantismo, pediu para ingressar na Ordem dos Frades Menores da Província de Granada.  Em 1569, vestiu o hábito dos frades e, no ano seguinte, emitiu a profissão religiosa.
Sempre muito austero, paciente, humilde  e perfeito na observância da Regra, continuou os estudos de filosofia e teologia no Convento de Santa Maria de Loreto, em Sevilha, morando em minúsculo canto do coro. Celebrou sua primeira missa a 4 de  outubro de 1576. Em 1581 foi nomeado mestre de noviços do convento de Arruzafa (Córdoba), ofício que continuou a desempenhar no Convento de São Francisco do  Monte da Serra Morena para onde foi transferido em 1583 e onde exerceu depois as funções de guardião e de pregador. Em todas as partes, acompanhava-o a fama de santidade e de taumaturgo devido aos milagres que realizava. Quando ocorreu o alastramento da peste bubônica na vizinha cidade de Montoro, voluntariamente se ofereceu para cuidados dos empestados. Transferido em 1587 para o convento de São Luís da Zubia, perto de Granada, foi  eloquente e estimadíssimo pregador popular e apóstolo entre os  doentes e presidiários em todo o território circunvizinho.
Uma vez abandonada a ideia de  se dirigir aos países muçulmanos para morrer mártir querendo assim fugir da veneração do povo, pediu para fazer parte da expedição missionária destinada à América. No dia 28 de  fevereiro de 1589, partiu no navio Sanlucar de Barrameda com outros onze confrades  conduzidos pelo padre  Baltazar Navarro, custódio de Tucuman,  e chegou a Cartagena, na Colômbia,  em maio do mesmo ano. Daí continuou até Nome de Deus, no Panamá, que atravessou a pé até atingir as margens do Pacífico.
Quando se dirigia ao Peru, o galeão em que viajava com o grupo, afundou perto da ilha de Górgona em frente à Colômbia. Francisco se considerou pastor desta comunidade de desesperados, entre as quais, muitos escravos. Depois de dois meses de sofrimento foram recolhidos em outra embarcação e  levados até um porto ao norte do Peru. O santo frade continuou a viagem a pé até a cidade de Lima. Foi, então, designado imediatamente missionário na longínqua Tucuman, ao norte da Argentina. Para lá chegar deveria fazer a cansativa viagem de  três mil quilômetros através dos Andes a pé ou sobre o lombo de um pobre animal.
Tendo chegado a Tucuman em novembro de 1590  foi lhe dada a incumbência da  Custódia Franciscana de  São Jorge, fundada em 1565, com a finalidade de ocupar-se das missões.  Vencendo não poucas dificuldades de língua, fundou a missão ou redução de Socotonio e Madalena, das quais foi pároco missionário,  exercendo  ministério junto a indígenas Diaguitas, dos quais se tornou evangelizador, civilizador, pacificador e defensor,  tendo sido muitas vezes agraciado com  dom das línguas. Entre todas as suas grandezas conta-se a da pacificação desta população rebelde na quinta-feira santa de 1591. São atribuídos a Francisco duzentas mil conversões e batizados de infiéis. Em 1592 estendeu seu apostolado aos brancos e “crioulos” .
Em 1595 foi chamado pela obediência a dirigir-se ao Peru onde foi nomeado  guardião do convento de recoleção  de Santa Maia dos Anjos em Lima, cargo  que renunciou considerando-se  sem capacidade e sem méritos para o exercício. Em 1602 foi transferido para Trujillo, onde exerceu a função de guardião. Pregador enérgico e inspirado  ficou célebre com o fato de ter profetizado em 12 de novembro de 1603  a destruição da cidade, que aconteceu em 14 de fevereiro  de 1619. Tendo voltado a Lima e nomeado ainda uma vez guardião, no dia 20 de dezembro de 1604 percorreu ruas e praças da cidade com um crucifixo nas mãos  provocando um tal estado de comoção que obrigou o vice-rei a intervir.  Mesmo sendo muito austero, mostrava-se alegre e costumava tocar violino para alegrar-se a si mesmo e aos confrades e também como instrumento de pastoral para aproximar-se dos índios.
Devido às suas penitências, nos últimos tempos de sua vida, viveu no convento-enfermaria  conhecido como Máximo de Jesus  ( hoje São Francisco),  em Lima.  Durante o terremoto de 1609, padre Francisco levantando-se com dificuldade queria confortar a população com sua palavra de fé.   Não conseguiu mais recuperar a saúde.  Morreu santamente em Lima a  14 de julho de 1610, enquanto, a seu pedido, os frades cantavam  o Credo. Suas últimas palavras foram:  “Glorificetur Deus”. Foi sepultado na igreja do convento.  Seu corpo foi carregado pelo arcebispo de Lima, pelo vice-rei e por outros personagens ilustres.
Foi canonizado por  Bento XIII a 27 de dezembro de 1726.


SÃO Gaspar de Bono


Sacerdote da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula, Gaspar de Bono, nascido em Valença, em 1530, foi considerado um homem santo pela observância das regras e pela pureza da vida cristã.
           Abandonou a carreira militar para dedicar-se ao Cristo Rei e, como superior da Ordem na Espanha, deixou fortes marcas de sua humildade, prudência e caridade.
           Sempre conservou as tradições devocionais que aprendeu com seus pais. Os frades o viam cantar, de joelhos e de memória, as orações de São Vicente Ferrer, em sua língua materna.
           Morreu em 14 de julho de 1604 e foi beatificado em setembro de 1786, pelo Papa Pio VI.


14 de Junho - São Basílio Magno, Confessor e Doutor

São Basílio, este grande doutor da Igreja, nasceu em 330, na cidade de Cesaréia, na Capadócia, como o mais velho de quatro irmãos, dos quais três alcançaram a dignidade episcopal. De cinco irmãs, a mais velha, Macrina, dedicou a sua vida a Deus.
Os pais do nosso Santo, Basílio e Emélia, eram ricos e gozavam de grande estima. Criança ainda, Basílio foi acometido de grave doença, da qual a oração do pai maravilhosamente o curou. Entregue aos cuidados de sua avó, Macrina, recebeu Basílio as primeiras instruções na prática cristã. Mais tarde, começou os estudos em Cesaréia, contemplando o curso em Constantinopla onde se ligou a São Gregório Nazianzeno em íntima amizade. Quando voltou a Cesaréia, estava morto já o pai. O exemplo e as palavras animadoras da avó Macrina, confirmaram-lhe o desejo de abandonar o mundo e levar uma vida de penitência e abnegação. Neste intuito, visitou diversos eremitas no Egito, Síria, Palestina e Mesopotâmia, voltando para cesaréia com disposição ainda maior de realizar esse plano. O bispo Diânio, conferiu-lhe o leitorado. Diânio, embora fiel à Religião Católica, por umas declarações feitas nos concílios de Antioquia e Sárdica, fez com que a ortodoxia fosse posta em dúvida. Basílio, profundamente entristecido com esse fato e para não se expor e perder a fé, com grande pesar se separou do bispo, a quem dedicava grande amizade, e dirigiu-se para Ponto, onde a santa mãe e uma irmã tinham fundado um convento para donzelas cristãs.
Basílio, imitando o exemplo, tornou-se fundador de um convento para homens, cuja direção foi, mais tarde, entregue a seu irmão, São Pedro de Sebaste. A essas duas fundações, seguiram-se outras e cresceu consideravelmente o número de conventos no Ponto. Foi nesta época, em que Basílio escreveu obras belíssimas sobre a vida religiosa, compôs a regra da vida monástica, que até hoje é observada pelos monges da Igreja Oriental.
São Basílio assim se tornou o pai do monaquismo na Igreja Oriental.
A vida de São Basílio era regida por uma austeridade, que causava admiração a todos. Ele, fundador da Ordem, era a regra viva, dando a todos os religiosos o exemplo de todas as virtudes monásticas. Era tão magro que parecia só pele e osso. Aos 49 anos já era velho. Entretanto, fraco de corpo, era um herói de espírito.
O bispo Diânio, estando gravemente enfermo, mandou chamar para perto de si o santo amigo. Sucedeu-lhe no bispado Eusébio, de quem Basílio recebeu o presbiterato, com a ordem de pregar. Basílio continuou a vida austera, como se estivesse no meio dos confrades. Como, porém, a fama de santIdade e sabedoria do santo servo de Deus, começasse a incomodar e irritar ao bispo Eusébio, Basílio retirou-se para a solidão. Não podiam ficar desapercebidos os sentimentos rancorosos de Eusébio, o qual, intimado pelas reclamações e ameaças do povo, tratou de reabilitar o suposto êmulo. A insistente propaganda do Arianismo, a calamidade pública, provocada por uma grande carestia, a direção de diversos conventos de ambos os sexos, tornaram necessária e imprescindível a presença de Basílio em Cesaréia.
Os serviços que naquela ocasião prestou à população, quer como pregador, quer como confessor e esmoler, foram tantos que o próprio bispo, de desafeto que era, se lhe tornou um dedicado amigo e nada fazia, sem antes se aconselhar com Basílio.
Eusébio morreu em 370 e teve por sucessor Basílio, o qual, como arcebispo de Cesaréia, veio a ser um astro luminoso da Igreja Oriental. Cumpridor dos deveres episcopais, modelo exemplaríssimo em todas as virtudes, era Basílio um baluarte fortíssimo do catolicismo contra os contínuos e rudes ataques da heresia ariana, cujos defensores mais ardentes e poderosos se achavam nas imediações do imperador Valente, o qual, por sua vez, era adepto fanático da seita. Valente não podia de bons olhos, observar o desenvolvimento grandioso que a arquidiocese de Cesaréia tomava, sob a direção do santo pastor. Uma comissão imperial, chefiada pelo valente capitão Modesto, seguiu com ordens especiais para Cesaréia, para por um paradeiro à atividade apostólica de Basílio.
O êxito dessa missão foi tão humilhante para os emissários, que maior não podia ser. Com todas as instruções de que eram portadores, com todas as lisonjas e ameaças, com todas as argumentações sutis e sofísticas, não puderam impedir que o espírito, a inteligência, a coragem e a intrepidez do santo arcebispo, se mostrassem de uma superioridade admirável. Em três audiências, para as quais convidaram Basílio, este respondeu com tanta mansidão, clareza e energia, que no relatório que apresentaram ao imperador, confessaram redondamente a derrota.
Valente, em conseqüência desse fracasso, não mais importunou os católicos. Por ocasião da festa da Epifania foi ele mesmo a Cesaréia assistir ao Santo Sacrifício celebrado por Basílio. Tão admirado ficou da majestade e esplendor da santa função que, embora não se atrevesse a receber a Santa Comunhão das mãos do arcebispo, foi com os fiéis fazer oferenda, a qual, aceita por Basílio que, por motivos de prudência, julgou conveniente dispensar, por esta vez, o rigor das leis disciplinares da Igreja. Valente caiu em si e começou a tratar os católicos com mais clemência e tolerância.
Não estavam com isto de acordo alguns palacianos, os quais lançando mão de todos os meios, conseguiram, por fim, um decreto que ordenava a expatriação de Basílio. No dia em que devia ser executada a iníqua sentença, caiu gravemente enfermo o único filho do imperador, e no estado de saúde da imperatriz se deram manifestações alarmantes de perturbações sérias. Entre dores e desesperos, dizia ela ao imperador que não havia dúvida tratar-se de um justo castigo de Deus.
Basílio foi reabilitado e com grandes honras recebido no palácio imperial. Valente prometeu ao arcebispo a educação do príncipe herdeiro na religião Católica, se lhe alcançasse Deus o restabelecimento do mesmo. De fato, o príncipe sarou, mas o imperador, não cumprindo depois a palavra, teve o desgosto de perder o filho. Recomeçaram, então, as maquinações contra Basílio. Estava lavrada a ata, que ordenava o exílio do arcebispo. Três vezes, o imperador se dispôs a dar-lhe assinatura e três vezes, quebrou-se-lhe a pena. Assustado com este fato, Valente tomou do papel e, com a mão trêmula, rasgou o documento. Nunca mais se abriu campanha contra o santo.
Modesto fez as pazes com Basílio. Um outro oficial, Eusébio, que tinha dado ordem de prisão ao bispo, retirou-a diante da atitude ameaçadora do povo, em defesa de seu pastor.
À tempestade, seguiu a bonança. Basílio pôde com tranqüilidade e paz, dedicar-se aos trabalho do apostolado. O ano de 379 trouxe-lhe a recompensa do céu. As últimas palavras que disse, foram: “Senhor, em vossas mãos restituo minha alma”. Morreu com 49 anos de idade. Figura entre os quatro grandes doutores da Igreja do Oriente.

14 de julho - Dia de Santa Catarina Tekakwitha

Santa Catarina Tekakwitha
Bem-aventurada
1656-1680

Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo. 

Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada. 

Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a situação ficou insustentável, ela fugiu. 


Procurou a Missão dos jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade. 
Sempre discreta, recolhia-se por longos períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, descuidar-se das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não permitiu, em razão da sua delicada saúde. 
Aos vinte e quatro anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado, tornou-se bonito e sem marcas, milagre presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina, que amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos, tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças. 
A sua existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus Cristo. 

O papa João Paulo II nomeou-a padroeira da 17a Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em 2002, quando a beatificou. Ao lado de são Francisco de Assis, a bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente". Sua festa ocorre no dia 14 de julho.
                                                    

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